Mineirinho tira de Slater a liderança do ranking; Medina vai à repescagem

Bastou uma bateria para Adriano de Souza, o Mineirinho, se tornar o novo líder do ranking. Com a vitória na primeira fase do Rio Pro, terceira etapa do Circuito Mundial, o paulista assumiu o posto antes ocupado por Kelly Slater, que abriu mão do campeonato por conta de um corte no pé. Já a outra estrela brasileira na elite do surfe, Gabriel Medina, caiu para a repescagem ao levar uma virada na última onda na Praia do Arpoador. No feminino, o grande destaque foi a havaiana Alessa Quizon, que venceu a triagem e depois mandou a tetracampeã mundial Stephanie Gilmore para a repescagem.

Mineirinho se garante direto na terceira fase  (Foto: Billabong)

Atual campeão da etapa, Mineirinho estreou contra o australiano Kai Otton e o catarinense Willian Cardoso, substituto de Slater. Ao sair da água, já com a vaga na terceira fase e a liderança asseguradas, fez questão de continuar na praia. Estava de olho nos australianos Taj Burrow, Mick Fanning e Joel Parking. Taj e Mick estão em terceiro no ranking, logo à frente de Joel. Os três podem ultrapassá-lo durante o campeonato.

- Vou ficar aqui para assistir. Tenho muito a aprender com o Joel (Parkinson), o Taj (Burrow) e o Mick (Fanning). Eles sabem o caminho das pedras. E espero que essa pressão vá embora. A cada bateria ela vai aumentar – disse Mineirinho, que, no ano passado, com a vitória no Rio, pôs o Brasil no topo do ranking pela primeira vez na história do Circuito Mundial.

Além de Mineirinho, Miguel Pupo e Alejo Muniz se classificaram direto para a terceira fase. Também integrantes da elite, Heitor Alves, Jadson André e Raoni Monteiro caíram para a repescagem, assim como os convidados Peterson Crisanto e Tomas Hermes.

Na oitava bateria, era a vez de Medina. O surfista de 18 anos chegou ao Rio embalado pelo título do WQS prime de Trestles, na Califórnia. Lá, contabilizou vitórias por combinação, a “goleada” do surfe, durante toda a semana. Nesta quarta, levou o troco de um dos adversários.

O australiano Adrian Buchan, derrotado nas semifinais em Trestles, empurrou o brasileiro para a repescagem do Rio Pro com uma virada na última onda, a três minutos do fim: nota 9,00. Medina passou a precisar de 7,44, mas, àquela altura, as ondas demoravam a se formar no outside.

- O mar estava difícil, bem inconsistente. Ele teve sorte de pegar aquela onda. Foi bom para dar uma acordada – disse Medina.

Adrian ganhará um dia de folga. Aliviado, agora quer aproveitar o tempo livre para conhecer o Cristo Redentor e assistir a um jogo de futebol.

- Sabia que seria uma bateria difícil. Ele acabou comigo na semana passada. Agora quero relaxar e me concentrar na próxima fase - conta Adrian.