Atravessar a Ponte da Amizade e pisar em solo paraguaio não significa nada quando o assunto é a paixão pelo futebol. Mesmo com o crescimento da seleção local nos últimos torneios, alguns clubes ainda sofrem com a pouca popularidade. É o caso do pouco conhecido Nacional. Nesta quarta-feira, a partir das 22h (de Brasília), em Ciudad del Este, cidade paraguaia na fronteira com o Brasil, a equipe de Assunção jogará quase como visitante diante do Corinthians, pela Taça Libertadores.
Outdoor 'chama' corintianos para o duelo desta quarta (Foto: Carlos Augusto Ferrari / Globoesporte.com)Pelas ruas da cidade não há nenhuma referência de amor ao Nacional, um dos clubes mais antigos do Paraguai (completará 108 anos em junho). A torcida, quase inexistente se comparada aos grandes Olimpia e Cerro Porteño, se concentra somente na capital, com média de público de pouco mais de dois mil torcedores por partida.
- O Nacional não tem torcida. É um clube que fez sucesso há poucos anos e nunca teve muita visibilidade - disse o comerciante Jaime Barión, fã do Olimpia.
Em virtude disso, o Corinthians se sentirá em casa. Os responsáveis por levar a partida de Assunção à fronteira clamam pelos alvinegros. Logo na entrada da cidade, cerca de 300m adiante da fronteira, foi instalado um outdoor chamando a Fiel a comparecer ao estádio 3 de Febrero.
- O Nacional não tem torcida. É um clube que fez sucesso há poucos anos e nunca teve muita visibilidade - disse o comerciante Jaime Barión, fã do Olimpia.
Em virtude disso, o Corinthians se sentirá em casa. Os responsáveis por levar a partida de Assunção à fronteira clamam pelos alvinegros. Logo na entrada da cidade, cerca de 300m adiante da fronteira, foi instalado um outdoor chamando a Fiel a comparecer ao estádio 3 de Febrero.
A presença de brasileiros na cidade, aliás, é enorme. Além dos interessados em adquirir os famosos produtos eletrônicos, existem milhares empregados no comércio. Para impedir um o desquilíbrio, o governo determinou que 70% dos funcionários das lojas precisam ser obrigatoriamente paraguaios e apenas 30% brasileiros.
- As pessoas que vêm do Brasil para trabalhar são mais profissionais, mas são mais caras para os empresários pagarem – explicou o dono de uma loja de eletrônicos.
- As pessoas que vêm do Brasil para trabalhar são mais profissionais, mas são mais caras para os empresários pagarem – explicou o dono de uma loja de eletrônicos.
Ciudad del Este é atrativa para consumidores de eletrônicos (Foto: Carlos Augusto Ferrari/Globoesporte.com)Outro fator que pode contribuir ainda mais para a presença maciça de brasileiros na partida é o horário de funcionamento do comércio local. As lojas abrem logo às 6h da manhã, para atender clientes, sobretudo brasileiros, que viajam durante a madrugada, e fecham às 16h (15h de Brasília).
Dos 28 mil ingressos colocados à disposição, 26 mil foram destinados aos torcedores do Corinthians. Segundo informações dos empresários que adquiriram os direitos do jogo, foram comercializados antecipadamente cerca de 12 mil. Motivo para festa? Não, se depender do técnico Tite.
Dos 28 mil ingressos colocados à disposição, 26 mil foram destinados aos torcedores do Corinthians. Segundo informações dos empresários que adquiriram os direitos do jogo, foram comercializados antecipadamente cerca de 12 mil. Motivo para festa? Não, se depender do técnico Tite.
Comércio movimentado abre e fecha cedo: das 6h às 16h (Foto: Carlos Augusto Ferrari/Globoesporte.com)- Temos de ser uma equipe competitiva e concentrada, sem deixar que esse clima e o carinho do torcedor virem autossuficiência. O técnico tem de estar em alerta para ficar instigando isso. É o momento de concentração, de um jogo que pode nos dar a classificação com uma rodada de antecedência. Isso não é pouco.
O Corinthians precisa de um simples empate para avançar às oitavas de final. Se perder, terá de vencer o Deportivo Táchira-VEN, na última rodada, em São Paulo.
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