Vitória inédita de Nico Rosberg, “tentativa” de decolagem de Mark Webber, teimosia de Kimi Raikkonen, erros em pit stops, encontro de “gigantes” nos bastidores... Diversos ingredientes movimentaram o GP da China, terceira etapa do Mundial 2012 da categoria máxima do automobilismo mundial. Após 111 corridas na carreira, o alemão da Mercedez, de 26 anos, venceu pela primeira vez. Outro que teve motivos para sorrir foi Lewis Hamilton. O britânico da McLaren largou em sétimo, chegou em terceiro, e assumiu a liderança do campeonato, com 45 pontos. Confira, no "Pacotão da F-1", os destaques positivos e negativos do fim de semana no Circuito Internacional de Xangai.
Os pilotos voltam à pista no próximo fim de semana, para o polêmico GP do Bahrein, que chegou a ser ameaçado por problemas de segurança no país. O treino classificatório está marcado para as 8h de sábado, e a corrida, para 9h de domingo - ambos transmitidos pela TV Globo e acompanhados em Tempo Real pelo GLOBOESPORTE.COM.
Nico Rosberg cruza linha de chegada para vencer primeira corrida da carreira na F-1 (Foto: Reuters)
Só deu Nico Rosberg em Xangai. O piloto da Mercedes foi o dono do fim de semana. No treino classificatório de sábado, o alemão fez uma volta fantástica logo aos três minutos da superpole e ficou aguardando, dos boxes, os rivais tentarem tirar, em vão, seu primeiro lugar no grid. Na corrida, fez uma excelente largada, conseguiu imprimir um forte ritmo de corrida e cruzou a linha de chegada 20 segundos à frente do segundo colocado, Jenson Button, da McLaren.
Quarto lugar no grid de largada, Kimi Raikkonen teve a chance de conquistar, na China, um resultado expressivo em sua temporada de retorno à Fórmula 1. O campeão mundial de 2007 chegou a estar na segunda posição a nove voltas do fim da prova, mas, com pneus excessivamente desgastados, Raikkonen - que havia feito o segundo pit stop na 28ª das 56 voltas - preferiu continuar na pista até acabar a corrida ao invés de parar mais uma vez nos boxes. A teimosia custou caro. O finlandês parecia uma "chicane ambulante" nas últimas voltas, tendo sido "engolido" por quase todos os adversários e amargando um decepcionante 14º lugar. Enquanto isso, seu companheiro de equipe, Romain Grosjean, largou em décimo e chegou na sexta posição, marcando oito pontos.
Jenson Button largou bem, pulando de quinta para a terceiro. Com seu estilo técnico e pragmático, o britânico imprimiu um bom ritmo de corrida e chegou a ameaçar a liderança de Rosberg. Entretanto, o piloto viu as chances de brigar pelo primeiro lugar irem embora em razão de problemas no pit stop na 39ª volta, quando os mecânicos tiveram dificuldades de fixar o pneu traseiro esquerdo de sua McLaren. Após perder segundos preciosos nos boxes, Button pegou tráfego na volta à pista, enquanto o alemão da Mercedes partiu tranquilamente para a vitória.
Dono do segundo melhor tempo do treino classificatório, Hamilton teve que largar em sétimo em razão de uma punição pela troca da caixa de câmbio da McLaren. O britânico fez uma boa corrida de recuperação, com direito a uma inusitada ultrapassagem sobre Raikkonen dentro dos boxes, e ainda conquistou um lugar no pódio ao superar Vettel a duas voltas do fim, garantindo a liderança do campeonato com 45 pontos.
O troféu Nakajima em Xangai vai para Mark Webber, que protagonizou uma das cenas mais bizarras do fim de semana. O australiano errou o ponto de freada em uma curva, saiu da pista e quase levantou voo com a RBR. Mas Webber se redimiu da barbeiragem. Ele ultrapassou o companheiro Sebastian Vettel nas voltas finais e garantiu a quarta colocação.
Antes de entrar na pista, Hamilton encontrou o ex-pivô da NBA, Yao Ming e publicou uma foto no twitter. A diferença de altura impressiona: o gigante chinês mede 2,29m contra 1,75 de Hamilton (Foto: Reprodução)
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